quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

ESTUDOS DE REDAÇÃO

REDAÇÃO

Ninguém se tornará um advogado sem estudar direito, ninguém se tornará um engenheiro sem estudar engenharia. E então, você quer se tornar um escritor sem escrever uma linha sequer? Pense nisso!
        De agora em diante, você terá uma noção de como saber o que estar escrevendo, isto é, o que tudo você escrever estará enquadrado ou dentro de um desses tipos de redação. Outras noções mais completas você encontrará na Apostila de Língua Portuguesa do Professor. Aquilo que você acha difícil nos livros comuns, lá vai estar numa forma mais descomplicada. Contato: anjubemaia.bezerra@hotmail.com

Tipos básicos de redação

        Incluem-se as várias formas de escrever nos seguintes tipos:

1. A narração – conta uma história, um fato, um acontecimento real ou imaginário. Os fatos são progressivos, seqüenciados e temporais.

2. A descrição – descreve ou retrata uma história de modo simultâneo
caracteriza os seres, retrata lugares, ambientes, focaliza aspectos particulares, fotográfica.

3. A dissertação – dar uma opinião sobre um determinado assunto. O autor cita um conjunto de fatos, emite algumas opiniões e conclui levantando uma tese, aponta uma solução.
    Como você não escreve para si mesmo, deverá ter alguns cuidados quanto à escrita e o que escreve. Escrever, como ler, é um hábito. Se você não o tem, organize-se para isso, ache um tempo. Inspiração e criatividade não são qualidades inatas de certas pessoas. Qualquer um, devidamente habilitado à prática da escrita, consegue produzir um texto adquado, com clareza e propriedade.

    Antes de começar a narrar, descrever e dissertar, leia as dicas, pratique o que aprendeu sobre redação e atente à leitura dos textos e exercícios.

1.   Escreva tudo o que vier na sua imaginação;
2.   Releia o texto que escreveu, modifique o necessário e reecreva-o;
3.   Lembre-se de que ninguém está obrigado a ler rascunho, passe-o a limpo;
4.   Seja original, não transcreva frases prontas, gírias ou bordões;
5.   Não escreva letras muito pequenas ou muito grandes, não invente letras ( bolinha no “i” ou sem pingo no “j” );
6.   Escreva letra legível;
7.   Faça margens regulares e parágrafos;
8.   Procure usar pontuação adequada ( vírgula, ponto-e-vírgula, dois-pontos, travessão, ponto );
9.   Verifique a ortografia;
10.        Corte ou substitua as palavras repetidas;
11.        Use frases curtas e completas;
12.        Verifique se há adequação à proposta solicitada, se você não fugiu do tema.
13.        Não sublinhar o título;
14.        Não assinar a redação como autor.

 OUTRAS RECOMENDAÇÕES:
1.   Imagine que todo mundo alfabetizado sabe escrever.
2.   Escolha palavras que relacionam ao assunto proposto.
3.    Não copie os outros. O plágio serve apenas de humor. Crie.
4.   Pergunte ao seu professor como pode melhorar seu texto.
5.   Não desista se escreveu mal pela 1ª vez. Bons escritores refazem seu texto.
6.   Você pode ser chamado ao um bom emprego.
7.   Ser hábil na escrita é ser um diferencial.   
8.    O pequeno escritor é também um artista.


 Os textos abaixo exemplificam uma dissertação, descrição e narração, não necessariamente nesta ordem.

TEXTO 1

Marcelo aproxima-se do mar com uma pipa na mão. De repente, ele ouve um barulho atrás de si. Vira-se e depara com uma menina saindo do mar.
        O menino joga a pipa no chão e olha, extasiado, para a menina.
- Uma “hippie” do mar – exclama, encantado.
A menina dirige-se para Marcelo e toma-lhe a mão. Para espanto do menino, diz para ele apenas uma palavra: AMOR.

TEXTO 2
     A praia está deserta.
O sol vem rompendo devagarzinho.
Uma menina bela, mas estranha.
Ela traz na cabeça uma estrela de prata e o vestido é um espetáculo de cores: verde, azul, vermelho e amarelo.
Sobre o vestido, uma infinidade de colares feitos de conchas e algas.
O seu rosto brilha tanto quanto a estrela de prata que traz sobre a cabeça.

TEXTO 3

Sim, o Brasil é um país racista, segundo especialistas – sociólogos, historiadores, entre outros.
Existem vários dados objetivos que provam essa tese. No Brasil, por exemplo, um branco recebe, mensalmente, em média, mais do que o dobro do que o negro, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístico). Para alguns, a origem da sociedade  brasileira – um país agrário, com poder concentrado na aristocracia branca – ajuda a explicar em parte o porquê do racismo.
Imigrantes, mestiços ou negros chegaram ao país para trabalhar em função de baixa remuneração.
Segundo o livro O Racismo na História do Brasil, de Maria Luzia Tucci Carneiro, por não terem existido, no país, campos de concentração, muitos brasileiros insistem na idéia de que o Brasil jamais foi racista.
Para autora, esse país imaginado, porém, é muito diferente do país real, “que podemos perceber pela observação atenta dos fatos do dia-a-dia”.  (Folha de São Paulo, Folhateen)

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