sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

CONHECENDO AS PALAVRAS QUE NOS ENGANAM

        Proclama o artigo 13 de nossa Constituição que a língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.
        Levando-se em consideração que todos nós falamos a língua oficial, presume-se o domínio dela, pelo menos na fala. No entanto, o estudo da língua na escola é certamente para atender as normas estabelecidas e chegar à língua culta, quer na expressão oral, quer na escrita.
       Porém um nó, um obstáculo ainda persiste, e justamente quanto ao alcance dessa língua culta, não só para aqueles estudantes desavisados, mas também, para  professores, engenheiros,  médicos, advogados, promotores, juízes, enfim, os eternos aprendizes.

      O objeto desse trabalho é cessar as dificuldades das principais palavras "enganadoras", cujas expressões ouve-se por muitos profissionais - e em todas as profissões. Todos nós desviamos uma ou outra palavra, aqui ou acolá, até algumas de uso mais comum no dia-a-dia, seja falando ou escrvendo na interação com o público.
     O interessante é que não se corrige esses profissionais, por medo ou respeito à respectiva função ou ao cargo. Também pela falta de oportunidade. Não obstante, uma boa maneira para encurtar o destrato(quando oportuno) é repetir a palavra discretamente, e não fazer cochicho. Quem é professor de português não deixa esse asserto gratuito, mesmo em mexerico.
     
      Este pequeno encarte de palavras não deve esgotar-se com a publicação atual, mas ao longo do que este humilde estudante de Direito for achando interessante fixar aqui uma palavra. As palavras exploradas, nesta parte, estão sempre combinadas duas a duas, para diferenciá-las como homográficas, homófonas, ou em geral, como homonímia ou paronímia.
      Agora é só partir para a página seguinte.

 
      Inicialmente, vale dizer que este trabalho em discurso é, como já mencionamos acima, destinado a todos os aprendizes, contudo é para o estudante de direito, em especial, que ele atenda as suas necessidades, porque é no Direito que as expressões, nem sempre, têm a mesma significação literária ou atende a qualquer dicionário da Língua Portuguesa. Só para ter uma ideia, neste pequeno excerto, já escrivi as seguintes palavras, as quais causam dificuldades no falar ou escrever, quais foram: CESSAR - DESTRATO - ASSERTO - GRATUITO - EXCERTO. Vejamos o que elas significam:

          Asserto - afirmação                            Destrato. Ofender
          Excerto - trecho, fragmento                Gratuito. Aquilo feito ou dado de graça
          Cessar - não continuar, interroper.
Observação:
         1. Gratuito. Feito ou dado de graça, não oneroso, infundado (mas o que se erra mesmo é a pronúncia. Leia-se gra-tui-to, tui mais forte, sem separar o i do u).

         2. As palavras COMPOR e EXCEÇÃO, por exemplo, num dincionário comum, isto é, não jurídico, podemos encontrar: 
         Exceção. Ato ou efeito de excentuar. Desvio da regra geral. Aquilo que se exclui da regra. Exclusão. Privilégio.
         Compor. Formar ou construir de diferentes partes, ou de várias coisas. Entrar na composição. Produzir. Inventar.Por em ordem. Produzir texto.Harmonizar.
    
            Agora, essas palavras no Direito têm os seguintes significados:
          
            Exceção. Defesa indireta (relativamente à contestação, que é direta). Exemplo: Nos crimes contra a honra existe exceção da verdade?
            Compor. Resolver. Harmonizar, no sentido de conciliar. Exemplo: Um dos objetivos do direito é compor conflitos.


quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

ESTUDOS DE REDAÇÃO

REDAÇÃO

Ninguém se tornará um advogado sem estudar direito, ninguém se tornará um engenheiro sem estudar engenharia. E então, você quer se tornar um escritor sem escrever uma linha sequer? Pense nisso!
        De agora em diante, você terá uma noção de como saber o que estar escrevendo, isto é, o que tudo você escrever estará enquadrado ou dentro de um desses tipos de redação. Outras noções mais completas você encontrará na Apostila de Língua Portuguesa do Professor. Aquilo que você acha difícil nos livros comuns, lá vai estar numa forma mais descomplicada. Contato: anjubemaia.bezerra@hotmail.com

Tipos básicos de redação

        Incluem-se as várias formas de escrever nos seguintes tipos:

1. A narração – conta uma história, um fato, um acontecimento real ou imaginário. Os fatos são progressivos, seqüenciados e temporais.

2. A descrição – descreve ou retrata uma história de modo simultâneo
caracteriza os seres, retrata lugares, ambientes, focaliza aspectos particulares, fotográfica.

3. A dissertação – dar uma opinião sobre um determinado assunto. O autor cita um conjunto de fatos, emite algumas opiniões e conclui levantando uma tese, aponta uma solução.
    Como você não escreve para si mesmo, deverá ter alguns cuidados quanto à escrita e o que escreve. Escrever, como ler, é um hábito. Se você não o tem, organize-se para isso, ache um tempo. Inspiração e criatividade não são qualidades inatas de certas pessoas. Qualquer um, devidamente habilitado à prática da escrita, consegue produzir um texto adquado, com clareza e propriedade.

    Antes de começar a narrar, descrever e dissertar, leia as dicas, pratique o que aprendeu sobre redação e atente à leitura dos textos e exercícios.

1.   Escreva tudo o que vier na sua imaginação;
2.   Releia o texto que escreveu, modifique o necessário e reecreva-o;
3.   Lembre-se de que ninguém está obrigado a ler rascunho, passe-o a limpo;
4.   Seja original, não transcreva frases prontas, gírias ou bordões;
5.   Não escreva letras muito pequenas ou muito grandes, não invente letras ( bolinha no “i” ou sem pingo no “j” );
6.   Escreva letra legível;
7.   Faça margens regulares e parágrafos;
8.   Procure usar pontuação adequada ( vírgula, ponto-e-vírgula, dois-pontos, travessão, ponto );
9.   Verifique a ortografia;
10.        Corte ou substitua as palavras repetidas;
11.        Use frases curtas e completas;
12.        Verifique se há adequação à proposta solicitada, se você não fugiu do tema.
13.        Não sublinhar o título;
14.        Não assinar a redação como autor.

 OUTRAS RECOMENDAÇÕES:
1.   Imagine que todo mundo alfabetizado sabe escrever.
2.   Escolha palavras que relacionam ao assunto proposto.
3.    Não copie os outros. O plágio serve apenas de humor. Crie.
4.   Pergunte ao seu professor como pode melhorar seu texto.
5.   Não desista se escreveu mal pela 1ª vez. Bons escritores refazem seu texto.
6.   Você pode ser chamado ao um bom emprego.
7.   Ser hábil na escrita é ser um diferencial.   
8.    O pequeno escritor é também um artista.


 Os textos abaixo exemplificam uma dissertação, descrição e narração, não necessariamente nesta ordem.

TEXTO 1

Marcelo aproxima-se do mar com uma pipa na mão. De repente, ele ouve um barulho atrás de si. Vira-se e depara com uma menina saindo do mar.
        O menino joga a pipa no chão e olha, extasiado, para a menina.
- Uma “hippie” do mar – exclama, encantado.
A menina dirige-se para Marcelo e toma-lhe a mão. Para espanto do menino, diz para ele apenas uma palavra: AMOR.

TEXTO 2
     A praia está deserta.
O sol vem rompendo devagarzinho.
Uma menina bela, mas estranha.
Ela traz na cabeça uma estrela de prata e o vestido é um espetáculo de cores: verde, azul, vermelho e amarelo.
Sobre o vestido, uma infinidade de colares feitos de conchas e algas.
O seu rosto brilha tanto quanto a estrela de prata que traz sobre a cabeça.

TEXTO 3

Sim, o Brasil é um país racista, segundo especialistas – sociólogos, historiadores, entre outros.
Existem vários dados objetivos que provam essa tese. No Brasil, por exemplo, um branco recebe, mensalmente, em média, mais do que o dobro do que o negro, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístico). Para alguns, a origem da sociedade  brasileira – um país agrário, com poder concentrado na aristocracia branca – ajuda a explicar em parte o porquê do racismo.
Imigrantes, mestiços ou negros chegaram ao país para trabalhar em função de baixa remuneração.
Segundo o livro O Racismo na História do Brasil, de Maria Luzia Tucci Carneiro, por não terem existido, no país, campos de concentração, muitos brasileiros insistem na idéia de que o Brasil jamais foi racista.
Para autora, esse país imaginado, porém, é muito diferente do país real, “que podemos perceber pela observação atenta dos fatos do dia-a-dia”.  (Folha de São Paulo, Folhateen)

LITERATURA:MOVIMENTOS LITERÁRIOS

(Resumo elaborado pelo Prof. Juarez - Fontes no Final da pesquisa)

NO BRASIL

1. LITERATURA DE INFORMAÇÃO. De 1500 a 1601.

Autores: Pero Vaz de Caminha – Carta de Caminha. Pero Magalhães Gandavo - Tratado da terra do Brasil e Historia da Província de Santa Cruz. Manoel de Nóbrega - Diálogo sobre a conversão do gentio.

2. BARROCO. De 1601 a 1768.

Autores: Bento Teixeira Pinto – Prosopopeia. Gregório de Matos Guerra. –À mesma D. Ângela (poesia lírica), A Jesus Cristo Nosso Senhor (poesia religosa) e poesia satírica.

3. ARCADISMO. De 1768 a 1836.

Autores: Cláudio Manuel da Costa – Obras Poéticas – Vila Rica. Basílio da Gama – O Uruguai. Santa Rita Durão – Caramuru (poemas épicos). Tomás Antônio Gonzaga - Marília de Dirceu (poesia lírica), Cartas Chilenas(poesia satírica)

4. ROMANTISMO. De 1836 a 1881.

AUTORES DA 1ª FASE: Gonçalves de Magalhães – Suspiros poéticos e Saudades (poemas). Gonçalves Dias – Primeiros cantos; Segundo Cantos; Sextilhas de frei Antão; Últimos cantos; Os timbiras; Canção do Exílio (poesia); Beatriz Cenci, Leonor de Mendonça (teatro); Brasil e Oceania, Dicionário da língua tupi(outros). Casimiro de Abreu – Primaveras (poesia); Camões e o jau (teatro).
AUTORES DA 2ª FASE: Álvares de Azevedo – Lira dos vinte anos; Conde Lopo (poesia); Noite na taverna (conto); Macário (teatro). Fagundes Varela – Noturnas; O estandarte auriverde; Vozes da América; Contos Meridionais; Contos Religiosos (poesia). Joaquim de Sousa Andrade (Sousândrade) – Harpa selvagem; Guesa errante; Novo Éden (poesia).
AUTORES DA 3ª FASE. Castro Alves – Espumas flutuantes; a cachoeira de Paulo Afonso; Vozes d’Africa e O navio negreiro; Os escravos (poesia); Gonzaga ou a Revolução de Minas; drama histórico(prosa).
Prosa romântica (romance indianista, regionalista, urbano e histórico). Autores: Joaquim Manoel de Macedo – A Moreninha; O Moço Loiro; Os dois amores (romance); O fantasma Branco; O primo da Califórnia (teatro) José de Alencar – Cinco minutos; A viuvinha; Lucíola; Diva; A pata da gazela; Sonhos d’ouro; Senhora; Encarnação(urbano). O gaúcho; O tronco do ipê; O sertanejo (regionalista). As minas de prata; A guerra dos mascates (histórico); O guarani; Iracema; Ubirajara (indianista). Demônio familiar; Verso e reverso; As asas de um anjo; Mãe; O jesuíta (teatro). A confederação dos tamoios; Ao imperador: cartas políticas de Erasmo; Ao imperador; novas cartas políticas de Erasmo; Ao povo: cartas políticas de Erasmo (não-ficção); Como e por que sou romancista (autobiografia). Os filhos de Tupã (poesia). Alfredo d’Escragnolle Taunay – A mocidade de Trajano; Inocência; Lágrimas do Coração; Ouro sobre azul , A retirada da Laguna(romance). Bernardo Guimarães – O ermitão de Muquém; O seminarista; A escrava Isaura (romance). Manoel Antônio de Almeida. Memória de um sargento de milícias (romance); Dois amores (drama lírico); e poesias em jornais e revistas.

5.REALISMO/NATURALISMO De 1881 a 1893.

AUTORES REALISTAS: Machado de Assis – Memórias póstumas de Brás Cubas(2ª fase); Crisálidas; falenas; Americanas(poesia); Contos Fluminense; Historia da meia-noite; Papeis avulsos; Historias sem data; relíquias da casa velha(contos); Ressurreição; A mão e a luva; Helena; Iaiá Garcia(rom.1ª fase); Quincas Borba; Dom Casmurro; Esaú e Jacó; Memorial de Aires(rom.2ª fase); e peça teatrais; AUTORES NATURALISTA: Aluísio de Azevedo – O mulato. Casa de pensão. O homem; O cortiço; O coruja; Uma lagrima de mulher; Memórias de um condenado (ou A condessa Vésper); Mistério da tijuca (ou Girândolas de amores); Filomena Borges; A mortalha de Alzira(romance romântico) Raul Pompéia – O Ateneu; Cançoes sem metro(crônicas) e poemas em prosas; Inglês de Sousa – O missionário. Adolfo Caminha – Bom-Criolo. Manoel de Oliveira Paiva – Dona Guidinha do Poço. Domingos Olimpio – Luzia-Homem. Julio Ribeiro – A carne; As sete noites de Lucrécia; Os prazeres de Rosália; Um homem gasto.

6.PARNASIANISMO. De 1881 a 1893.

Autores: Teófilo Dias – Fanfarras (1882). Olavo Bilac – Poesias, inclui Panóplias; Via Láctea; Sarças de fogo; Alma inquieta; O caçador de esmeraldas; Sagres; Poesias infantis; Tarde(poesia); Crônicas e novelas; Critica e fantasia; Tratado de versificação(prosa), este último junto com o poeta Guimarães Passo. Raimundo Correia - Sinfonias; Versos e versões; Aleluia.



7. SIMBOLISMO. De 1893 a 1902.

Autores: Cruz e Sousa – Missal (poemas em prosa) e Broqueis (poema); Faróis; Últimos sonetos(poesia); Tropos e fanfarras, com o Virgilio Várzea; Evocações(poemas em prosa). Alphonsus de Magalhães – Setenário das dores de Nossa Senhora; Câmara ardente; Dona Mística; Kyriale(poesia); Mendigos(prosa)

8. PRÉ-MODERNISMO. De 1902 a 1922.

Autores: Euclides da Cunha – Os sertões; Peru versus Bolívia; Contrastes e confrontos; Á margem da Historia. Lima Barreto – Triste fim de Policarpo Quaresma; Recordações do escrivão Isaias Caminha; Numa e a Ninfa; Vida e morte de M.J. Gonzaga de Sá; Clara dos Anjos(romance).Os bruzundangas; Coisas dos Reino do Jambom(sátiras); Historia e sonho(conto); Monteiro Lobato -  Obras infanto-juvenil; Urupês; Cidades mortas; Negrinha(contos); Escreveu crônicas, artigos, ensaios. Augusto dos Anjos – Eu e outras poesias. Graça Aranha – Canaã. Valdomiro Silveira – Os caboclos. Simões Lopes Neto – Contos gauchescos.
Raízes do Modernismo Brasileiro – Movimento de Vanguarda Européia.

1.Futurismo: Liderado pelo Italiano Felippo-Tommaso Marinetti.
2.Expressionismo: Floresceu na Alemanha. No Brasil: Lasar  Segal. Anita Mafatti.
3.Cubismo:Criado por Pablo Picasso. Seguidores: Braque, Léger e Mondrian.
4.Dadaísmo: o líder foi Tristan Tzara.
5.Surrealismo: lançado pelo francês  André Breton.


9. MODERNISMO. De 1922 a 1945. AUTORES DA 1ª FASE (1922 -1930)

Autores como: Mário de Andrade – Há uma cota de sangue em cada poema; Paulicéia desvairada; Losango cáqui; Clã do jabuti; Remate de males; Poesia; Lira paulistana, seguida de O carro da miséria (poesia); Primeiro andar; Belazarte; Contos novos (contos); Amar, verbo intransitivo; Macunaíma (romance); A escrava que não é Isaura; Musica do Brasil; O movimento modernista; O empalhador de passarinhos (ensaio). Oswald de Andrade – Pau-Brasil; Primeiro caderno do aluno de poesia Oswald de Andrade; Cântico dos cânticos para flauta e violão; O escaravelho de ouro (poesia); Os condenados (trilogia);Memória sentimentais de João Miramar; Serafim Ponte Grande; Marco zero-a revolução melancólica(romance); O homem e o cavalo; A morta; O rei da vela(teatro); Manifesto da Poesia; Pau-Brasil; Manifesto Antropófago(manifestos)  Manoel Bandeira – A cinza das horas; Carnaval; O ritmo dissoluto; Libertinagem; Estrela da manhã; Lira dos cinqunt’anos; Belo, belo; Mafuá do malungo; Estrela da tarde; Estrela da vida inteira(poesia); Crônicas da província do Brasil; Itinerário de Pasárgada; Andorinha, andorinha. Guilherme de Almeida. Menotti del Picchia. Cassiano Ricardo – Dentro da noite; Frauta de Pã; Vamos caçar papagaios; Martim Cererê ou O Brasil dos meninos, dos poetas e dos heróis; O sangue das horas; Jeremias sem chorar; Os sobreviventes. Raul Popp. Luís Aranha (poesia). Prosa: Mário de Andrade. Oswald de Andrade. Alcântara Machado – Pathé-baby (crônica de viagem); Brás, Bexiga e Barra Funda; Laranja da China (contos); Mana Maria(romance inacabado).


AUTORES DA 2ª FASE (1930-1945)

Autores de prosa regionalista: José Américo de Almeida – A bagaceira. Raquel de Queiroz. José Lins do Rego – Menino de engenho; Doidinho; Bangüê; Usina; Fogo morto (rom. do ciclo de cana-de-açúcar); Pedra Bonita; Cangaceiros(rom. do ciclo do cangaço, misticismo e seca); O moleque Ricardo; Pureza; Riacho doce; Água-mãe; Eurídice(romance independente); Escreveu ainda crônicas e ensaios; Jorge Amado – O país do Carnaval; Suor; Capitães de areia(rom. da Bahia); Cacau; São Jorge de Ilhéus; Terras do sem-fim(rom. do ciclo do cacau; Mar morto; Gabriela, cravo e canela; a novela A morte e a morte de Quincas Berro d’Água(crônicas de costumes). Graciliano Ramos – Caetés; São Bernardo; Angústia; Vidas Secas; Brandão entre o mar e o amor em parceria com Jorge Amado; José Lins; Aníbal Machado e Raquel de Queiroz(romance); Insônia(conto); Infância; Memórias do cárcere; Viagem (memória);Viventes das Alagoas e Linha tortas(crônica); A terra dos meninos pelados; História de Alexandre; Histórias incompletas. Autores de prosa urbana: Érico Veríssimo – Clarissa; Olhais os lírios do Campo; O resto é silêncio; Caminhos Cruzados(rom. urbano); a trilogia O tempo e o vento: I. O continente; II. O retrato; III. O arquipélago(romances);Incidente em Antares; O senhor embaixador; O prisioneiro(romance político).   Marques Rabelo. Autores de prosa intimista ou sondagem psicológica: Cornélio Pena – fronteira. Luis Cardoso. Dionísio Machado. Otavio de Faria. Autores de poesia: Carlos Drummond.- Alguma poesia; Brejo das almas; Sentimento do mundo; Claro enigma; Viola de bolso; Poesias; A rosa do povo; Fazendeiro do ar; A vida passado a limpo; Lição de coisas; Boitempo; As impurezas do branco; A paixão medida; Corpo – novos poemas; Amar se aprende amando; O amor natural(poesia); Confissões de Minas – ensaios e crônicas; Contos de aprendiz; Passeios na ilha – ensaios e crônicas;  Fala, amendoeira – crônicas; A bolsa e a vida – crônicas e poemas; Cadeira de balanço; O poder ultrajovem e mais 79 textos em prosa e versos; Boca de luar – crônicas; Tempo vida poesia. Murilo Mendes – Poemas; Historia do Brasil; Tempo e eternidade; A poesia em pânico; As metamorfoses; Mundo enigma; Poesia liberdade; Contemplação de ouro; Tempo espanhol; Convergência (poesia); O sinal de Deus; (poemas em prosa); O discípulo de Emaús; Poliedro; A idade do serrote; Retratos-relâmpagos. Jorge de Lima – XIV alexandrinos; O mundo do menino impossível; Poemas; Novos Poemas; Tempo e eternidade;  A túnica inconsútil; Poemas negros; Livro de sonetos; Invenção de Orfeu(poesia); O anjo(novela); Salomão e as mulheres; Calunga(prosa); A mulher obscura – romances.   Cecília Meireles – Espectros; Nunca mais... e poemas dos poemas; Baladas para El-rei; Viagem; Vaga música; Mar absoluta; Retrato natural; Doze noturnos de Holanda e O aeronauta; Romanceiro da Inconfidência; Solombra (poesia); Giroflê, Giroflá; Escolha seu sonho; Olhinhos de gato(prosa).    Vinícius de Moraes – O caminho para a distância; Forma e exegese; Ariana, a mulher; Novos poemas; Cinco elegias; Poemas, sonetos e badaladas; Livro de sonetos; Novos poemas II, O mergulhador; A arca de Noé(poesia); O amor dos homens; Para viver um grande amor(prosa); Para uma menina com uma flor – crônicas; Orfeu da Conceição; Pobre menina rica – em parceria com Carlos Lyra (teatro).    

AUTORES DA 3ª FASE (1945 ATÉ ATUALIDADE OU PÓS-MODERNISMO):

Autores de prosa urbana: Dalton Trevisan. Rubem Braga. Lygia Fagundes Telles. Autores da prosa intimista: Clarice Lispector – Perto do coração selvagem; O lustre; A cidade sitiada; A maça no escuro; a paixão segundo G.H.; Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres; A hora da estrela (romance); Laços de família; A legião estrangeira; Felicidade clandestina; A imitação da rosa; A via crucis do corpo; A bela e fera (contos); escreveu ainda literatura infantil.  Lygia Fagundes Telles. Antonio Olavo Pereira. Autores da prosa regionalista: Bernardo Guimarães. Herberto Salles. Mario Palmério. Bernardo Elis. Guimarães Rosa – Grande sertão: veredas (romance); Sagarana; Corpo de baile (Manuelão e Miguilin, No Urubuquaquá, no Pinhém e Noites do sertão); Primeiras estórias; Tutaméia: terceiras estórias; Estas estórias; Ave, palavra(conto);   Autores de poesias: Bueno de Rivera. Péricles Eugênio da Silva Ramos. Alphonsus de Guimarães Filho. Ledo Ivo. Paulo Bonfim. Geir Campos. Thiago de Melo. João Cabral de Melo Neto – Pedra do sono; O engenheiro; Psicologia da composição; O cão sem plumas; O rio; Morte e vida severina; Paisagem com figuras; Uma faca só lâmina; A educação pela pedra; Museu de tudo; Auto do frade; Agreste; Crime na Calle Relator(poesia). Ferreira Gullar. José Paulo Paes.



TENDÊNCIAS COMTEMPORÂNEAS: poesia

As características dessas tendências, segundo Domício Proença Filho, são: 1.O ludismo (obra que resulta de pastiche e pararódia); 2.A intertextualidade. 3.A intensificação de metalinguagem. Autores de tendências permanentes: Carlos Antonio Cabral, Carlos Drummond, João Cabral de Melo Neto e Adélia Brado. Autores de tendências à ruptura e novas tendentes: 1. Concretismo: Augusto de Campos, Haroldo de Campos e Décio Pignatari. 2.Poesia-Práxis: Mário Chamie. 3.Poesia social:Ferreira Gullar, Thiago de Melo, Affonso Romano de Sant’Anna. 4.Tropicalismo(difundido pela música): retoma a proposta de Manifesto Antropofágico de Oswald de Andrade. 5.Poesia Marginal(em 70): Chacal, Paulo Leminski, Antonio Carlos de Brito(Cacaso), Chico Alvim, Kátia Bento, Régis Bonvicino, Samaral. 6.Caminhos ou novas tendências: Délia Prado, Manoel de Barros, José Paulo Paes, e autores já consagrados Drummond, Murilo Mendes e João Cabral de Melo Neto. Além desses autores, destacam Arnaldo Antunes, Orides Fontela e Fernando Paixão.


TENDÊNCIAS COMTEMPORÂNEAS: prosa

1.prosa (estilo eclético) regionalista: seguindo a trilha de Guimarães rosa. Mário Palmério. Vila dos confins; Chapadão do Bugre. Bernardo Élis – O troco. Ariano Suassuna – A pedra do reino.
2.prosa política: a)romance-reportagem: Inácio de Loyola Brandão - Zero; Não verás país nenhum. Antonio Callado – Quarup; Reflexo do baile. Roberto Drummond – Sangue de Coca-Cola; A morte de D.J. em Paris; Hitler manda lembranças; Hilda furação. José Louzeiro – Lúcio Flávio, o passageiro da agonia. Márcio Sousa – Galvez, o imperador do Acre. Rubem Fonseca – Os prisioneiros; A coleira do cão; Lúcia McCartney; Feliz ano novo; O cobrador; A grande arte; Buffo & Spallanzani; Vastas emoções e pensamentos imperfeitos; Agosto; Romance em negro. b) realismo fantástico: Murilo Rubião – O ex-mágico; O pirotécnico Zacarias. José J. Veiga – Sombra de reis barbudos; A hora dos ruminantes. Moacyr Scliar – A balada do falso Messias; O carnaval dos animais; O ciclo das águas. 3.prosa urbana: Luiz Vilela – No bar; Tarde da noite; Tremor da terra; O choro no travesseiro. Ricardo Ramos. Dalton Trevisan – Novelas nada exemplares, Cemitério de elefante; Morte na praça; O vampiro de Curitiba; Desastres do amor; A guerra conjugal; A faca no coração; A trombeta do anjo vingador; Lincha tarado. Rubem Fonseca. 4.prosa intimista: Clarice Lispector. Lygia Fagundes Telles. Autran Dourado – Ópera dos mortos; O risco do bordado; Almas & corações. Osman Lins – O fiel e a pedra; Nove novena; Avalovara. Lya Luft.  5.prosa memorialista ou autobiográfica: Pedro Nava – Baú de ossos. Érico Veríssimo – Solo de clarineta I e II. 6.O conto e a crônica: Fernando Sabino. Rubem Braga. Carlos Heitor Cony. Luís Fernando Veríssimo. Entre outros: Campos de Carvalho – Alua vem da Ásia, Vaca de nariz sutil; A chuva imóvel; O púcaro búlgaro. Chico Buarque de Holanda – Estorvo. Domingos Pellegrini Jr. – O homem vermelho; Os meninos; As sete pragas. Hilda Hilst – Fluxograma; Qadós; O caderno rosa de Lori Laby; Cartas de um sedutor. Ivan Ângelo – A festa; A casa de vidro. João Antônio – Malagueta; Peru e Bacanaço; Leão-de-chácara. João Ubaldo Ribeiro – Sargento Getúlio; Livros de histórias; Viva o povo brasileiro; Vila Real; O sorriso do lagarto. Marcelo Rubens Paiva – Feliz ano velho; Blecaute; Bala na agulha. Nélida Piñon – Tebas do meu coração; A república dos sonhos; Sala de armas; Tempos das frutas. Patrícia Melo – Acqua Toffana; O matador. Zulmira Ribeiro Carvalho – O japonês dos olhos redondos; O nome do bispo.


TAREFA: É difícil relacionar autores e obras completas da produção literária em Portugal e no Brasil. No entanto, é bom citar pelos menos uma obra principal de cada autor na vasta produção existente. Assim, da relação acima, pesquise pelo menos uma obra dos autores, cuja produção não foi citada acima.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O AMOR NÃO É TUDO

Diz-se que o amor é tudo
Enquanto não se conhece as outras coisas
Que, talvez, faltem quase todo o cerne.

O mar não é azul
A terra não é azul
O céu não é azul
E amor não é, por certo

À vezes, em amor farta em inverdade
Porque, no amor, agente vê
Coisas difícieis de acreditar

Dizem que é encanto de sonhar
E sobre amor dizem tantas coisas
Só eu que ainda não o tenho como concreto,
Pois sobre amor há muito que se pensar

Talvez sobre laços para os abraços
Talvez suma corpo para os enlaços
Como onda que vem e sempre passa

Ou ele é infinito nos limites,
Ou ele é mínimo em pedaços
Ou é porque tudo está incompleto.

                                                                (Juarez, Alma da Linguagem)

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

ALMA DA LINGUAGEM

                    NADA

O nada não é nada
É pelo menos uma palavra.
O nada não existe.
E se uma palavra persiste
É porque tudo pode estar em nada
E nada em uma só palavra.
                                    (Juarez, in Alma da Linguagem)

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O QUE É ETERNIDADE?


O que me anima é saber que nada está acabado e haverá momento para começar algo novo.


ETERNIDADE


Desde a criação do mundo,
Principiou a eternidade.
A continuação, em infinitos de segundos.
Mas perece, a cada dia, um corpo deslaço
E outro revive uma infinidade.
E mais outro se movimenta
Ou vai à inércia
E vice-versa
Em pequenos ou longínquos passos
Como nada se acabasse.
                        (Juarez ,  em um dia excepcional)

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

SER

      O SER pode ser visto sob vários aspectos. A forma subjetiva é mais comum. Existe o SER do ser, aquele que se pergunta: O que você é? Existe outro SER do ser econômico, o da cultura, o do trabalho, o do social, o do outro mundo, o globalizado e, finalmente, o ser do nada.
      Mas, quando se pergunta em relação o SER ser alma, aquele em que os semelhantes se atraem, há milhares de acepções, tendo eu uma das certezas de que ninguém vai dizer da mesma forma subscrita:
                                                                     
                                                            SER

Um pouco de si
Encanta a magia
Outra parte sua
Desvenda a ilusão
E o ser humano é este
Mistério no fundo
De um túneo
Em busca de outra alma
que lhe complete.
                                                  Juarez, in poesia.
      Talvez este conceito de SER pode estar interpretado na lição do provérbio espanhol:
                        "Dios los cria y ellos se juntan". Você sabe defini-lo? Comente.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

ANÁLISE SINTÁTICA DESCOMPLICADA

 ANÁLISE SINTÁTICA
                                1ª PARTE
                                          PERÍODO SIMPLES


       Antes de tudo, ANÁLISE SINTÁTICA é um assunto complicado. Então, porque este título? Em Língua Portuguesa estudava-se com muita seriedade para aprender a estrutura da língua. Depois, dada a inteligência de nós brasileiro e as correções, em parte, automática pelo computador,  há pessoas que sabem ou aprendem - dizem - a língua sem conhecimento profundo de análise sintática ou qualquer outra forma gramatical. Mas como sou um de muito daqueles professor inseguro, talvez deveras teimoso, insisto trazer o assunto(até mesmo para não virar o nosso latim) de uma forma menos complicada.

       Então, vamos lá?

      Na verdade, o período simples, aquele em que aparece pelo menos o predicado e, neste caso, formado por um só verbo, conclui-se, também, que há apenas uma oração chamada absoluta. O predicado poder ser: verbal(o verbo é muito importante para oração), nominal(o verbo pode ser retirado da oração sem prejuizo de significação) e verbo-nominal(um verbo significativo e outro, não). No entanto, o verbo, quanto à predicação pode ser: transitivo(pede um complemento para o verbo), intransitivo(não pede complemento para o verbo), transitivo e intransitivo(quando pede um complemento ou o mesmo verbo não precisa de complemento) e bitransitivo(quando pede dois complementos: um direito e, outro; indireto)
      Mas o essencial mesmo é que o período simples contenha um sujeito e um predicado. O sujeito diz algo pela ação(ou não) do verbo. O predicado revela algo do sujeito. Assim, localiza-se o sujeito(o nome -núcleo)  em relação a todos os termos que estão ligados a ele. E todos têm uma função sintática especifica. Da mesma forma o predicado, todos termos que estão ligados ao verbo são complementos e parte do núcleo verbal, se assim este exigir. Daí as perguntas:  
 Quais os termos da oração ligados ao nome, isto é, ao núcleo?
  1.  Adjunto adnominal
  2. Complemento nominal
  3. Aposto
  4. Vocativo
      O predicativo do sujeito localiza-se após o verbo, mas se refere ao núcleo do sujeito.
      Os predicativos do objeto direto e indireto lacalizam-se após o verbo, mas se refere a um nome do objeto direto ou indireto.
       O vocativo, por sua vez,  é um nome que indica chamamento, pedido, espanto. É um termo à parte, mas sempre junto ao um nome.
Quais os termos da oração ligados ao verbo, isto é, ao núcleo verbal?
  1. Objeto direto
  2. Objeto direto preposicionado
  3. Objeto direto preonástico
  4. Objeto indireto
  5. Objeto indireto pelonástico
  6. Adjunto adverbial
       A voz ativa, voz passiva e voz reflexiva são flexões do verbo, portanto, a mudança da ação do sujeito por intermédio do verbo.
     Agora que você já tem uma noção geral dos termos da oração num período simples, vamos detalhá-los e exemplificá-los.
ANÁLISE SINTÁTICA

A ORAÇÃO

TERMOS ESSENCIAIS

Os termos essenciais da oração são:
1.SUJEITO
2.PREDICADO

1.SUJEITO – É o ser do qual se declara alguma coisa. Exemplos:

A vida continua sacrificada.
Algo está errado por aqui.
Todas as potências mundiais entraram em crise.

As palavras em destaques são sujeitos.

CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO

O SUJEITO PODE SER:
A) Simples
B) Composto
C) Elíptico
D) Indeterminado
E) Oração sem sujeito (inexistente)

A)Simples – quando formado apenas por um só núcleo. Exemplos:
O professor de Português ensina as novas regras ortográficas.
José de Miranda da Silva Umbroso já provou sua competência no cargo.

O núcleo do sujeito é a palavra mais importante dentro do sujeito. Assim, as palavras professor e José de Miranda da Silva Umbroso são núcleos.

B)Composto - quando formado por mais de um núcleo. Exemplos:
Homens e mulheres já provaram suas igualdades em muitas atividades.

O sujeito composto é:homens e mulheres. Os núcleos são: homens, mulheres.

C) Elíptico – É o sujeito também chamado oculto, elíptico ou desinencial. É o sujeito simples ou composto que não vem diretamente expresso na oração: está implícito na desinência verbal ou elíptico. Exemplos:
Compraste o que para comer?
Meninos e meninas têm mais liberda-de hoje. Saem para curtir a vida sem a presença dos pais. 

Sujeito elíptico de compraste = tu; de saem = meninos e meninas.

D) Indeterminado – quando não pode ser identificado na oração. Exemplo:
Precisa-se de empregado.

Casos em que ocorre o sujeito indeterminado:
A) Com verbos na 3ª pessoa do plural
Disseram a verdade sobre o Brasil.

Não se identificou quem disse a verdade no Brasil. Mas, cuidado em: Saiam daqui agora. Identifica-se um sujeito: vocês. Isto porque não há sujeito indeterminado com verbo no imperativo.

B)Com verbos na 3ª pessoa do singular acompanhados da partícula se (índice de indeterminação do sujeito). Exemplos:
Respondeu-se às perguntas solicitadas
Nem sempre se está infeliz.
Ofendeu-se a todos os alunos.

No 1º exemplo o verbo é intransitivo. (uso comum). No 2º exemplo o verbo é de ligação. Porém, pode ocorre sujeito indeterminado com verbos transitivos  diretos preposicionado, no caso, o 3º exemplo.

C) Com verbos no infinitivo impessoal
Exemplos:
É necessário /salvar nossos rios.
                      (Or. Sub. subst. reduzida de infinitivo)
É necessário /que salvem nossos rios.


Em orações reduzidas (1º exemplo) e nas orações desenvolvidas (2ºexemplo). Nestas os verbos vão para a 3ª pessoa do plural.

E) Oração sem sujeito (inexistente) – é sem sujeito quando ocorre com verbos impessoais, nos seguintes casos:
a) com verbos que indica fenômeno da natureza (chover, ventar, trovejar, gear, escurecer, anoitecer, amanhecer etc)
Exemplos:
Amanheceu chovendo hoje.
Não nevou em alguma parte do Sul.

Caso os verbos estejam em sentido figurado (conotativo) terão sujeitos.
Exemplo:
As palmas choveram quando o cantor apareceu.

b) com o verbo HAVER – Significando existir, ocorrer, acontecer. E significando tempo decorrido: Exemplos:
Não houve guerras frutíferas (existiram)
O projeto foi feito há dias.(dia decorrido)

c) com o verbo FAZER – na indicação de tempo cronológico e meteorológico. Exemplos:
Faz meses que não a vejo. (cronológico)
Deve fazer frio aqui. ( meteorológico)

d) com o verbo SER – na indicação de tempo ou distância. Exemplos:
Eram meio-dia e meia da tarde.
Hoje são vinte e cinco de maio.
Do local do acidente ao hospital são três léguas. (indicação de distância).

e) a oração sem sujeito ainda pode ocorrer com os verbos PASSAR, BASTAR, CHEGAR, PARECER, FICAR, ESTAR.
1. com passar na indicação de tempo
Exemplo: Passava de dez horas.
2. com bastar e chegar significando cessar. Exemplos:
Basta de pessimismo.
Chega de ilusões amorosas.

3. com parecer e ficar em expressões inesperadas. Exemplos:
Parece feio.
De repente, ficou nebuloso.

4. com estar na indicação de tempo. Exemplos:
Puxa! Como está frio aqui!

2.PREDICADO – É tudo que se declara sobre o sujeito. Exemplos:
.A vida continua sacrificada.
.Algo está errado por aqui.
.Todas as potências mundiais    entraram em crise.
  

CLASSIFICAÇÃO DO PREDICADO

O PREDICADO PODE SER:
A) Nominal
B) Verbal
C) Verbo-nominal

A) Nominal – ocorre com verbos nominais, indicando declaração de estado, qualidade ou características.
Exemplos:
A menina é feliz
O vizinho está em casa.
O prefeito parece bondoso.

O predicado nominal aparece com os verbos: ser, estar, ficar, permanecer, parecer, continuar, andar etc. e, viver (indicando permanência). Tornar-se, vir a ser, acabar, cair, fazer-se, virar, converter-se, meter-se, eleger-se, passar a, chegar etc. (e todos os verbos que indicam mudanças ou transformação). Só é de ligação os que ligam o sujeito ao predicativo. O predicativo é o núcleo do predicado nominal, a expressão mais importante do predicado. Exemplos:
Os jovens tornaram-se impiedosos
                                   Predicativo do sujeito

O vizinho está em casa.
                          Adj.adv. de lugar

O prefeito chegará a senador.
                 Indicação de mudança

No 1º exemplo acima, podem-se permanecer os núcleo e há uma expressão significativa, sem verbos.
Exemplo:
Jovens impiedosos.

B) Verbal - o predicado é verbal quando a declaração no predicado tem como núcleo o próprio verbo. O verbo é indispensável para o entendimento da oração. Exemplo:
O fazendeiro comprou a melhor vaca nelore.          Núcleo de predicado

Diferentemente do predicado nominal, o predicado verbal, sem o verbo, não teria significação na oração. Observe:
 O fazendeiro... a melhor vaca nelore.

Classificação dos verbos

Os verbos quanto à predicação podem ser:
1.Intransitivos – são aqueles que têm sentidos completos, pois expressam ação que se realizam no próprio sujeito. Exemplos:
A bolsa de valores caiu.
O aviso já partiu.
A população cresce vertiginosamente.
                                    adj. adv. de modo

2.Transitivos – são aqueles que têm sentido incompletos, pois a ação expressa vai além do sujeito.Exemplos:
O mestre revisou a lição.
                           complemento

Os médicos venderam o remédio às
compl.
farmácias particulares. 
               compl.

C) Verbo-nominal - é a declaração constituída de dois núcleos: um verbo intransitivo e um nome. O nome é o predicado do sujeito ou um predicativo do objeto. Resulta da combinação de duas orações:
As crianças saíram do parque.
                     V.T
Elas estavam satisfeitas.
                         nome
                        
 As crianças saíram satisfeitas do parque.              V.T.         pred. suj.   adj. adv. Lugar.
  
O predicado verbo-nominal acontece com os seguintes verbos:
1. verbo intransitivo + predicativo
O professor chegou atrasado.
                        V.I           Pred. Suj.

2. verbo transitivo direto+ predicativo
O povo elegeuo   senador.
              V.T           o.d.     pred. obj.

3. verbo transitivo indireto + predicativo
Nós lhe chamamos de cientista.
       o.i.          v.t. i.                     pred. o.i.

4. verbo na voz passiva + predicativo
O atleta foi encontrado desmaiado
                 Voz passiva                 pred. suj.

2. verbo transitivo direto e indireto + predicativo

O técnico de futebol, convicto da vitória, 
                                           Pred. suj.
ofereceu uma premiação aos jogadores
                   o. d.                                   o.i.

TERMOS INTEGRANTES

Os termos integrantes da oração são:
1.OBJETO DIRETO
2.OBJ. DIR. PREPOSICIONADO
3.OBJ. DIR. PLEONÁSTICO
4.OBJETO INDIRETO
5.OBJ. IND. PLEONÁSTICO
6.COMPLEMENTO NOMINAL
7.AGENTE DA PASSIVA

1.OBJETO DIRETO – É o complemento de um verbo transitivo direto(v.t.d.).
 O núcleo do objeto direto pode ser:   

Um substantivo
O encanador trocou a torneira.
                          v.t.d.                o.d

Um pronome oblíquo (exceto lhe)
Vi    -   o     apressadamente.
v.t.d.      o.d.

Qualquer pronome substantivo
A seleção não convenceu ninguém
                          v.t.d.           o.d.

Uma oração substantiva.
Pretendo que todos sejam aprovados.
     v.t.d.                  o.d.

2.OBJ. DIR. PREPOSICIONADO – é o objeto direto que vem acompanhado por uma preposição, não exigida pelo verbo. E acontece com:
a) verbos que indicam sentimento
Os cristãos adoram a Jesus.
                       v.t.d.            o.d.p.

b) pronome pessoal tônico
O governador mgoou a mim, não a eles
                          v.t.d.            o.d.p.                o.d.p.

c)pronomes substantivos
O governador ofendeu a todos.
                           v.t.d.            o.d.p.

d) com objetos antecipados
Aos pecadores, Jesus perdoou.       
         o.d.p.                                   v.t.d.

e) o numeral ambos
 A clareira aqueceu a ambos
                        v.t.d           o.d.p.

f) construções paralelas
Não o conheço, nem a seus amigos.
       o.d.       v.t.d.                         o.d.p.

g) construções enfáticas(exp. idiomática)
Capitu pegou da agulha.
O bandido sacou da arma.
Cumpriu com o dever de casa.
       v.t.d.            p.       o.d. p.

h) para evitar ambiguidade
 Matou ao leão o caçador.
    v.t.d.        o.d.p.

3.OBJ. DIR. PLEONÁSTICO – o objeto direto repetido, geralmente, através de um pronome. Mas pode haver transformação de verbo intransitivo em transitivo, enfatizado por um objeto interno. Exemplos:

Os seus processos, não os julguei.
    o.d.                                         o.d.p     v.t.d.

Viva tranquilo. Viva a vida tranquilo.
 v.i.                                v.t.d    o.d. p.


4.OBJETO INDIRETO – É o complemento do verbo transitivo indireto(v.t.i.) – acompanhado por uma das preposições a, de, para, em, com, contra, por etc.  O núcleo do objeto indireto acontece com:
a) substantivo
Todos lutam contra doença.
                   v.t.i.     prep.            O.i.

Gosto de frutas tropicais.                                 
    v.t.i.    p.          o.i.

b) pronomes oblíquos
Ofereceram-nos um trabalho ilícito.
     v.t.i.                  o.i.

c)pronomes substantivos
Nesta casa, desconfiam de tudo.
                         v.t.i.                       o.i.

d)oração substantiva
 Preciso de que todos venham hoje.
   v.t.i                  o.i.

5.OBJ. IND. PLEONÁSTICO -  É o objeto indireto repetido através de um pronome.


A seus ricos, nada lhe devo.
       o.i.                              o.i.p.    v.i.


6.COMPLEMENTO NOMINAL

A própria expressão nos remete uma ideia de que algo completa um nome e não um verbo. Vejamos:

a) Todos têm medo   de injustiça.
                               Subst.      Compl. do subst.

b) Estou feliz  por vocês.
                     Adj.   Compl. do adj.


c) Antecipadamente ao professor,
adv.                        Compl. do adv.
 concluiu o aluno a resposta.

Daí, definirmos:

Complemento Nominal é o termo da oração que completa um sentido de um nome. Este nome pode ser um substantivo (medo), um adjetivo (feliz) ou um advérbio (antecipadamente).
                              
Observe que os complementos dos nomes vêm seguidos por preposições, nos casos: de, por, ao.


7.AGENTE DA PASSIVA

A.Passiva analítica

Já explicamos que o verbo também se flexiona em voz. Neste caso, o sujeito sofre a ação através de uma locução verbal (ser + outro verbo). Ele (o sujeito) está associado a um verbo transitivo na voz passiva, liga-se ao verbo por uma preposição (que é sempre as preposições por, pelo, pela) e o agente da passiva executa a ação verbal. Exemplos:

A arrogância dos políticos
                    sujeito agente
foi vencida
v. ser + v. trans. vencer       
pela justiça.
agente da passiva

B. Passiva sintética

É passiva sintética quando o verbo transitivo vem acompanhado da partícula SE (o verbo na voz passiva sintética). Neste caso, o agente da voz  passiva fica indeterminado, aparecendo apenas o sujeito do verbo passivo. Pode-se também ser transformado em passiva analítica, mas subentendendo a ordem de alguém. Exemplos:

Vendem-se  imóveis.____?__
verbo transitivo          sujeito do           agente da
na voz passiva               verbo                voz da pas.
Sintética                          passivo           (indeter.)


OBSERVAÇÕES:

A.No primeiro exemplo:
A arrogância dos políticos foi vencida pela justiça” pode ser transformada para a voz ativa, assim:
A justiça
sujeito
Venceu
   verbo trans.
 a arrogância dos políticos.
                     objeto direto


B.No segundo exemplo:
“Vendem-se imóveis” pode ser transformado na voz passiva analítica, assim:
Imóveis são vendidos.
Sujeito             verbo na voz passiva


C.Não confundir a oração com sujeito indeterminado:
“Precisa-se de internautas” Quem precisa de internautas? Ninguém sabe. O verbo vem seguido de uma preposição e logo após um nome que não pode ser sujeito. Não há sujeito preposicionado.